A bolsa de lona e o cão terapeuta


Então eu estava lá, a espera do marido na saída do hospital em que ele trabalha... Eles apareceram...cãezinhos de todos os tipos, as pessoas que saíam com eles estavam com uma alegria tão irradiante que foi impossível não notar.
Fiquei lá... eu estava triste nesse dia. Tinha sido uma semana dificil, segui  com o olhar o grupo...uma pontinha de inveja me incomodava...Uma das moças parecia, digamos, brilhar de tanto que ria. Eu juro que não tenho toque, mas eu vou falar de novo sobre consumo. Quando uma coisa me incomoda eu fico voltando sobre ela, não tem jeito...A moça levava , além do cachorro ...uma bolsa de lona. Velha, mas velha mesmo, daquelas muito fora de moda, sabe?E eu que tava , nem sei bem  porque, me matando de trabalhar, fiquei pensando. Porque? Porque meu pai do céu? Não me olhe torto, falando agora parece fácil decidir, parece o obvio ululante, mas naquela época eu ainda estava me corroendo em dúvidas. Não sabia se largava ou não do trabalho 2...e eu epifanei, mais uma vez : se era por conta do dinheiro...devia largar... Não é por mal, eu me incomodo de não ter uma bolsa da moda, eu até acho bonito e talz, mas aquela alegria nenhuma bolsa de marca ia me dar.
E me matar de trabalhar para TER alguma coisa, como reza o espírito do consumismo, não ia ser o caminho. Bom... então aqui sigo eu ... fora de moda e com a bolsa de lona (sim eu tbm tenho uma), gastando meu tempo em algo  producente  pra mim (  minha pesquisa e meu trabalho do coração que paga pouco mas me faz feliz) nem que para isso tenha que gastar menos ué. Essa é a ideia do minimalismo, certo? E tenho dito.






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